CUIDADO! Seu Chocolate Favorito Pode Conter um Aditivo Ligado à Hipertrofia de Fígado e Rins

Seu chocolate esconde o Poliglicerol Polirricinoleato, um aditivo usado para baratear a produção. Estudos (com animais) associam seu consumo à hipertrofia do fígado e rins, indicando que esses órgãos estão "trabalhando demais"

SAÚDE E NUTRIÇÃO

12/4/20253 min read

Nos últimos anos, a forma como percebemos a inflação mudou. Além do aumento de preço, e da chamada reduflação (o produto diminui de tamanho, mas custa o mesmo, como as barras de chocolate que caíram de 200g para 90g), notamos agora a diminuição da qualidade do produto.

E é justamente essa busca por manter a experiência sensorial do chocolate barato que introduziu um aditivo controverso na nossa dieta: o poliglicerol polirricinoleato.

Mas o que é essa substância e por que ela está gerando preocupação entre especialistas?

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O Que é o Poliglicerol Polirricinoleato e Por Que Ele Está no Seu Chocolate?

O poliglicerol polirricinoleato (também chamado de poliglicerol policinoleato ou poliglicol polirricinoliato) é um emulsificante. Curiosamente, o nome da substância remete à glicerina (poliglicerol, um polímero à base de glicerina) e ao óleo de rícino (polirricino aleato).

Esta substância não existia no chocolate no século passado. Ela começou a ser utilizada devido ao fato de o cacau ter ficado muito caro.

O objetivo é simples: diminuir a quantidade de cacau no produto, mas garantir que o chocolate ainda ofereça aquela sensação desejada de "derreter na boca". Esta mudança no uso de ingredientes estaria ocorrendo desde aproximadamente 2006.

Os Riscos à Saúde: O Que Dizem os Estudos?

Existem inúmeros estudos sobre o poliglicerol polirricinoleato, sendo que a quase totalidade deles foi realizada com animais. No entanto, os resultados são alarmantes e sugerem que o consumo da substância pode trazer sérios prejuízos ao organismo.

O consumo do aditivo tem sido associado a dois problemas principais:

1. Hipertrofia de Órgãos: O aditivo pode causar a hipertrofia do fígado e a hipertrofia dos rins. A hipertrofia de um órgão indica que ele está "trabalhando demais".

2. Interferência Intestinal: A substância interfere na permeabilidade do intestino. O palestrante no vídeo enfatiza que interferir na permeabilidade intestinal é um problema "absurdamente sério".

O consumo dessa substância é uma preocupação especial para crianças, que estão em fase de desenvolvimento do organismo.

A Matemática Perigosa: Excedendo o Limite Diário

Embora a substância seja permitida, as fontes destacam a extrema facilidade com que o consumidor pode ultrapassar o limite de segurança determinado:

Limite Diário: Segundo o que é determinado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ou estudos, uma pessoa de peso médio pode consumir até 525 mg de poliglicerol polirricinoleato por dia.

Concentração Típica: As fabricantes de chocolate costumam colocar a substância em concentrações que variam de 0,3% a 0,5%.

O Risco: Uma barra de 100g pode facilmente conter cerca de 500 mg da substância. Isso significa que apenas uma barra de 100g já se aproxima perigosamente do limite diário de 525 mg.

É fácil consumir duas barras de chocolate. Ao consumir duas barras, o indivíduo estaria ingerindo quase o dobro do limite máximo diário (mais de 1.000 mg).

O Que Deve Ser Feito?

Diante desses riscos, há um debate sobre a regulamentação desse aditivo. O ganho que ele oferece (a sensação de derreter na boca) não compensaria os danos à saúde.

As opções de ação levantadas incluem:

1. Proibição: A substância deveria ser proibida de ser usada em chocolate.

2. Aviso na Embalagem: Colocar um aviso na embalagem, semelhante aos alertas de "alto em açúcar" ou "alto em gorduras saturadas", conscientizando o consumidor sobre a substância e seus riscos.

3. Não Fazer Nada: Deixar o mercado se ajustar, com cada um se virando individualmente.

É crucial que a sociedade inicie essa discussão e se informe sobre o que está sendo consumido.

Referências aos Estudos Científicos:

Os estudos citados no artigo, que investigam a hipertrofia de órgãos e a interferência na permeabilidade intestinal após o consumo do poliglicerol polirricinoleato, são referenciados pelo palestrante como existentes e majoritariamente conduzidos com animais. Você pode procurar na internet ou em ferramentas como o ChatGPT (conforme sugerido na fonte) para encontrar mais informações sobre essas pesquisas.